quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Evolução da Familia na sociedade





Ao longo dos tempos, a família sofreu alterações, verificando-se uma grande diferença entre as famílias pré e pós-industrial. Durante os séc. XVI e XVII, a família transformou-se profundamente na medida em que modificou as suas relações internas com a criança. A mudança mais considerável foi a introdução da escola como meio de aprendizagem e de educação das crianças de qualquer família, retirando-as da antiga sociabilidade. As crianças deixaram de se misturar com os adultos e de aprender, a seu lado, a enfrentar os problemas da vida. Começou, então, um longo processo de enclausuramento das crianças (como dos loucos, dos pobres e das prostitutas) que se estenderia até aos nossos dias e ao qual se dá o nome de escolarização” (Ariès, 1978). Embora a separação das crianças dos adultos tivesse sido ajudada a ser implementada pelos reformadores católicos e protestantes e pelas leis de cada Estado, ela não teria sido possível sem a cumplicidade sentimental das famílias. Já não se tratava de estabelecer a relação com os filhos em função dos bens e da honra, mas da emergência de um novo sentimento de orgulho e de interesse nos seus estudos, carreira e futuro, especialmente dos rapazes. Desta forma, a família começou a organizar-se em torno da criança de tal forma que se tornou quase impossível perdê-la ou substituí-la sem uma enorme dor. Para melhor cuidar dela, tornou-se necessário limitar o seu número. A criança que, até aí, era distinguida dos adultos apenas pelo seu tamanho, tinha saído do anonimato, começando a ser registada nas paróquias, ao nascer, a partir do séc. XVIII.
A família começou a manter a sociedade à distância e a organização da casa começou a corresponder a esta nova preocupação, separando-se a vida mundana e a vida profissional da vida privada. “Essa especialização dos cómodos da habitação, surgida inicialmente entre a burguesia e a nobreza, foi certamente uma das maiores mudanças da vida quotidiana. Correspondeu a uma necessidade nova de isolamento”. Durante muito tempo, esta evolução limitou-se aos nobres, burgueses, artesãos e lavradores ricos, enquanto que a maior parte da população, a mais pobre, vivia como as famílias medievais, isto é, com as crianças afastadas da casa dos pais. No entanto, este tipo de família conservava, ainda, uma grande massa de sociabilidade. As grandes casas eram um centro de relações sociais, a capital de uma pequena sociedade complexa e hierarquizada, comandada pelo chefe de família que a administrava como uma empresa. Também sob o ponto de vista económico, nestas grandes casas aristocráticas e nas famílias burguesas mercantis e financeiras, a distinção entre empresa económica familiar e a economia da família não era, ainda, clara.

As primeiras famílias

Nas primeiras famílias, a segurança proporcionada pelo grupo organizado, ainda que de forma primitiva aos seus membros, era muito mais relevante que a consangüinidade. Exercendo uma função de protetora contra as agressões externas, em um momento histórico de fragilidade do Estado, a família começou a se fortalecer.
O parentesco somente passou a ser observado nas famílias gregas e nas famílias romanas, identificando-se com o culto aos antepassados que muito contribuiu para a agregação ao redor do pater .
Como tanto na Grécia, quanto em Roma, existiam as chamadas micro-religiões, onde cada família possuía seus próprios deuses, representados pelos antepassados mortos, e uma liturgia específica, determinada pelo chefe familiar que também era o chefe religioso, a desprovida de descendentes certamente não se perpetuaria, visto que a sacra privata somente era praticada pelos membros da família. Acreditavam estes povos que a extinção do culto familiar acarretaria na condenação eterna dos membros de sua família e de seus antepassados.

Para atender a necessidade de continuação dos cultos familiares romanos, foi criada o instituto da adoção na Lei das XII Tábuas, que realizou-se no Império Romano sob duas formas: adrogatio e adoptio. Pela adrogatio, reuniam-se em praça pública: o representante do Estado, da religião e do povo, e indagavam o adrogante e o adrogado sobre as pretensões de adoção; na adoptio, fazia-se a alienação do direito do genitor em prol do adotante, constituindo-se de um ato mais complexo.
Silvio Rodrigues, citando Foustel de Coulanges, comenta que o autor em sua obra descreveu o surgimento do instituto da adoção no Império Romano como uma forma de dar continuidade ao culto dos antepassados. Todos os que não tivessem filhos legítimos ou naturais podiam adotar como uma forma de "evitar a desgraça representa pela morte sem descendentes."
Coexistiram em Roma duas espécies de parentesco: a agnatio e a cognatio. A agnatio ou agnação era a designação dada aos descendentes masculinos do pater, à mulher na condição de subordinada, bem como aos filhos adotados e a todos os demais sujeitos ao poder do chefe familiar, não havendo qualquer vinculação consangüínea entre eles, sendo considerado um parentesco meramente civil. Já na cognação, ou cognatio, o que unia os membros da família era a consangüinidade, baseando-se na filiação e na descendência parental. Era feita assim a distinção entre a família proprio jure e a família communi juris, sendo que a família criada a partir da consangüinidade não possuía o mesmo valor da família de nome, que surgia da vontade do pater.


A mudança
Em menos de cem anos, nossa sociedade e nosso Direito de Família sofreram profundas modificações em seus institutos.
Graças às grandes Guerras – e quem imaginaria que chegaríamos a agradecer por elas – a mulher mostrou-se para o mundo como um ser capaz de realizar atos, antes exclusivos do homem, travando sua batalha pelo reconhecimento e pela independência da autoridade masculina.
Saímos do opressor Direito patriarcal, onde a figura do homem era o centro do núcleo familiar, exercendo de forma despótica seu poder sobre a mulher, seus filhos e seu patrimônio, passando para um Direito humanizado e que prima pela isonomia e pelo respeito à vida, à dignidade humana, à liberdade.
Nossa Constituição Federal de 1988 cuidou de estabelecer como cláusula pétrea, a isonomia entre todos os cidadãos, não importando-se com a origem, a raça, o sexo, a religião ou a filosofia, ou a posição social. Todos são iguais.
Os filhos, não mais se sujeitam às incongruências da lei, que vedavam aos chamados espúrios o reconhecimento da paternidade e da maternidade, ferindo assim o princípio da dignidade humana, pois não há nada mais indigno e infamante do que não poder saber suas origem e não poder pleitear à Justiça, que a todos e a tudo acolhe, os direitos ofertados aos que a lei tinha por legítimos.
Evoluímos e abandonamos o antigo modelo familiar, legado dos Direitos Romano, Germânico e Canônico, criando um novo modelo, mais real, mais em conformidade com os anseios sociais, pois esta é a função do Direito. Com três dispositivos constitucionais, promovemos uma reviravolta no Direito de Família e mexemos com os institutos que acreditávamos imutáveis: o casamento, a filiação e a chefia da sociedade conjugal.
A Carta Constitucional de 1988 revolucionou o Direito de Família, colocando abaixo as suas estruturas já corroídas pelo tempo, edificando novos pilares, mais sólidos e resistentes.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Família

O conselho de estudos e pesquisa do Centro Universitário FIB, através do trabalho interdisciplinar nos proporcionou a realização do estudo da família.

A necessidade de pesquisas na área de "família", principalmente sob a perspectiva do desenvolvimento humano, que se caracteriza por estudar as fases de desenvolvimento do indivíduo considerando o que acontece na "família" enquanto grupo, tem sido salientada, particularmente, por Kreppner – psicólogo -. Para esse autor, “a ênfase no contexto familiar e seu impacto sobre o desenvolvimento individual da criança, particularmente durante períodos de transição, ajuda-nos a compreender como os diferentes modos de realizar as tarefas de desenvolvimento podem afetar o desenvolvimento individual.” “Considerando-se que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo; considerando-se que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum (…)” São com essas palavras que se inicia a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU em 10 de dezembro de 1948. Os conceitos-chave são família, direitos iguais, justiça, paz e liberdade. Para compreender como a "família" funciona, é preciso, sobretudo, estudar as interações e relações desenvolvidas entre os diferentes subsistemas familiares, o contexto histórico, social, econômico, constitucional e filosófico no qual as "famílias" estão inseridas e a "família" em diferentes contextos culturais


Continua.
Proximo post: "A evolução da família na sociedade".

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Arco-íris; colcha de retalhos


A incansável discussão se encontra catalogado nos artigos 227 da Carta Magna e 43 do Estatuto da Criança e Adolescente. Contudo, a discussão ora proposta não resultará somente no discurso estéril da lei.
O Projeto de Lei nº 1151/95 que trata da união civil entre homossexuais, de autoria de Marta Suplicy, culminou na possibilidade de que, sendo aprovado, homossexuais poderiam se casar.
Hoje, no Brasil, os homossexuais (considerados atualmente homoafetivos) não podem se casar e nem registrar uma criança no nome de ambos.
O lado "mais ou menos" positivo, é que esse projeto permite que ambos construam patrimônio, declarem Imposto de Renda e usem o mesmo plano de saúde.
Não restando nada pacificado na legislação, os homoafetivos aproveitam-se das lacunas da lei, criando jurisprudência. Ocorreu no Rio Grande do Sul, onde um homem de 60 anos conseguiu provar convivência com outra pessoa do mesmo sexo e recebeu pensão do INSS. Para tanto, o interessado deve fazer o pedido de inclusão do parceiro como dependente, precisando sempre provar que a relação é estável. os homoafetivos devem ter um arsenal de pilhas de papéis (extratos de contas conjuntas, fotos, cartas, etc). A questão da moralidade, ainda é ponto relevante nessa seara. Muitos consideram que o casamento gay deixaria as crianças sem referência sobre o masculino e feminino, violando frontalmente o disposto no artigo 3º do Estatuto da Criança e Adolescente (COIMBRA, 2000, p. 15).Partem do pressuposto de que o estilo de vida de um homossexual poderia influenciar moral e psicologicamente a criança adotada.


Embora divergências existentes, que não se encontram esgotadas, os homossexuais (homoafetivos) podem adotar uma ou mais crianças, desde que sozinhos, nunca como um casal.
Os filhos legítimos, ilegítimos ou espúrios possuem direitos iguais, Mas algumas opiniões tendem a considerar que a criança que cresce num lar gay é cruelmente injustiçada.
Como se tem vínculo com um dos lados somente, a criança entrará apenas na linha sucessória daquele que a adotou oficialmente. Em caso de falecimento, o pai não-oficial fica sem direitos sobre o espólio e, em caso de separação (só de corpos, haja vista o pressuposto de que não há casamento), a criança não contará com a pensão alimentícia ou visita daquele que saiu de casa. Em suma: a criança sera desprevilegiada pois só recebera metade dos bens dos seus pais.


Para toda transformação e comportamento incomum, mas racional, da humanidade deve se deixar o preconceito de lado e compreender que isso é evolução humana. Por fim, qualquer discussão desse teor não deve se fundar unicamente em atitudes dogmáticas, mas sim e antes de tudo, na busca do valor maior, a justiça.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Lobão cria movimento "Peidei, mas não fui eu" e lança paródia



O cantor Lobão lançou a campanha "Peidei, mas não fui eu". Sempre engajado nas questões políticas do país, o novo projeto do roqueiro é uma crítica à corrupção do país.“O Lula está com a mão amarela e cheia de cabelo e ainda assim o ibope do presidente não cai... As pessoas acham que ele não tem culpa nenhuma. Isso é absurdo”, comentou Lobão em entrevista ao Programa do Jô nesta última quarta-feira (26). O cantor também esclareceu que um dos objetivos do Peidei é despertar a esquerda brasileira.Lobão fez uma paródia da clássica O que será que será, de Chico Buarque, intitulada Quem será que peida. A nova versão da música pode ser ouvida no MySpace do cantor.


Fonte: CifraClub. www.cifraclub.com.br

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Presidencialismo e Parlamentarismo

O presidencialismo é um metodo de governo onde o representante(presidente) é elegido pela maioria da população. Comanda o pode executivo. É um sistema governamentao que se caracteriza pela separação de poderes; Legislativo, Executivo e Judiciário. Os ministros de Estado são simples auxiliares do Presidente da República que tem poder para nomeá-los e exonerá-los a qualquer tempo, sendo que cada um atua como se fosse chefe de um grande departamento administrativo;
Desde a primeira Constituição, de 1891, o Brasil adotou o sistema de governo presidencialista. O regime foi mantido na Constituição de 1988 e ainda confirmado por plebiscito, em 1993. A maioria da população optou por conservar tanto a forma de governo republicana como o sistema presidencialista, só interrompido por um breve período parlamentarista, entre 1961 e 1963, durante o mandato do presidente João Goulart.

No parlamentarismo, o presidente responde apenas pela chefia de Estado, função exclusiva ou predominantemente honorária. É típico das Monarquias Constitucionais, de onde se estendeu às Repúblicas européias As monarquias modernas também se organizam de acordo com o parlamentarismo, em que a chefia de governo é delegada a um representante escolhido de forma indireta, pelo Legislativo. Enquanto o rei ou o presidente é figura mais simbólica, quem governa de fato é o primeiro-ministro - também chamado premiê ou chanceler. É dele a responsabilidade, como chefe do Executivo, de organizar e coordenar o gabinete de ministros.
Vejo os pontos positivos e negativos da seguinte forma;
*Presidencialismo - Ponto positivo: positivo: funciona melhor nos sistemas em que existem muitos partidos políticos, reduzindo a dependência da boa vontade do Legislativo.
Ponto negativo: ênfase exagerado da pessoa do candidato (e não de programas de governo), que não raras vezes "vende" bem sua imagem, convencendo o eleitorado, e derrotando candidatos melhor preparados, mas incapazes de despertar a simpatia da opinião pública
*Parlamentarismo - Ponto positivo: Parlamentarismo é sistema mais sensível às exigências sociais e políticas da sociedade.
Ponto negativo: a velocidade de tomada de decisões pode ser reduzida pelo exaustivo processo de discussões.
Sou afavor do presidencialismo por ser um modelo mais sólido e já comprovado historicamente.
(Gostaria de dizer que meus últimos dias tem sido bastante cansativos, motivo esse que faz com que minhas postagens não sejam frequentes. Grato)

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Sites pornôs de Israel




O conflito entre palestinos e israelenses ainda não impediu que cada vez mais árabes freqüentem sites pornográficos de Israel, onde podem encontrar vídeos estrelados por supostas soldados e agentes femininas do Mossad (serviço secreto do país).
A edição eletrônica do jornal Yedioth Ahronoth destacou este fenômeno, publicando que servidores de vários sites pornográficos israelenses são visitados com assiduidade por internautas de Arábia Saudita, Tunísia, Jordânia, Egito e territórios palestinos.
Os responsáveis pelos sites calculam que estes usuários representam de 2% a 10% das visitas recebidas. Algumas páginas da Internet dedicadas ao erotismo e à pornografia chegam a oferecer serviços em árabe para estes clientes.
Nir Shahar, que toma conta do site pornô israelense Ratuv (úmido, em hebraico), afirma que sua empresa produz filmes com conteúdo tipicamente local. Neles aparecem meninas vestidas de soldado, de policiais e de agentes do Mossad.
Shakar disse que nos últimos tempos a demanda por estes conteúdos aumentou nos países árabes, inclusive os definidos como "inimigos" do Estado. O vídeo mais visitado entre os árabes, Code name: Deep investigation, é uma paródia que fala do caso "Vanunu" (o suposto espião nuclear israelense) mostrando agentes que tentam solucionar o episódio empregando seus dotes eróticos, afirmou Shahar.
Em 1986, Mordechai Vanunu, ex-técnico do reator nuclear de Dimona, revelou a um jornal de Londres o segredo mais bem guardado por Israel: a posse de armas atômicas. Vanunu foi seduzido posteriormente por uma agente do Mossad conhecida como Cindy. O ex-técnico foi preso na Itália, acabou julgado em Israel por alta traição e foi condenado a 18 anos de prisão.
Shahar afirma que por causa da grande demanda de visitantes de países que não mantêm relações diplomáticas com Israel, entre eles Iraque, Arábia Saudita e Kuwait, decidiu-se disponibilizar uma versão árabe do site. "Recebemos várias mensagens de agradecimento de clientes árabes. Muitos nos perguntam se as mulheres soldados realmente servem no Exército israelense", disse.
Gil Naftali, dono de outro servidor de pornografia israelense, SexV, afirma que seu site recebe centenas de internautas de países onde a pornografia é proibida. No entanto, ele decidiu não oferecer uma versão em árabe, já que as fotos e vídeos oferecidos não precisam de muitas explicações.
Segundo Naftali, mais de 2 mil "visitantes" de Riad, capital da Arábia Saudita, acessaram o site em julho. O tempo médio das visitas foi de 17min23s.
Um habitante de Jenin (Cisjordânia) disse à agência Efe que os usuários destes sites são cada vez mais jovens. Meninos e meninas que buscam "uma forma de dar asas à imaginação" e superar as barreiras culturais e religiosas impostas por uma sociedade muçulmana. "Eles acessam as páginas em cybercafés, pois em suas casas teriam que esperar até que todos os familiares dormissem para poderem se conectar a estes sites", declarou esse morador da Cisjordânia, sede da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e onde a tolerância é maior que em Gaza.
Neste outro território palestino, controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), os ativistas islâmicos incendiaram nos últimos meses vários cybercafés. Eles alegaram que estes locais incitavam jovens e adultos a verem pornografia.
Tzachi, um dos responsáveis pelo site de conteúdo sexual mais popular de Israel, o Domina, resume bem a situação. Na sua página na Internet até 10% dos visitantes têm o árabe como idioma materno. Ao ser questionado se as visitas seriam uma forma de comunicação com os árabes, Tzachi responde de forma negativa, antes de deixar claro que se trata de "um mero negócio". "A pornografia não nos trará a paz, mas pelo menos obtemos algum dinheiro dos bolsos de nossos inimigos", encerrou.


(Rádio Top de Linha)


Um dos Sites mais visitados; http://www.ratuv.co.il/

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Arte Militar




Certo dia estava lendo artigos sobre guerras e acabei me batendo com uma pergunta; “E o Brasil: Estaríamos prontos para uma guerra, grande ou pequena, mundial ou regional?”. Impossível é relevar o fato da guerra do narcotráfico ter tomado proporções alarmantes a ponto de alguns críticos chamarem de Guerra Civil.
Em 2006 o país investiu aproximadamente R$12,5 milhões de reais, divididos entre manutenção e compra de maquinas e plantas e pesquisa da IMBEL ( Industria de Material Bélico do Brasil ). Lembrando que o investimento foi feito somente para armas de fogo do tipo Pistola e Fuzil. De 2003 ate hoje o Brasil gastou R$8 Bilhões incluindo Exercito, Marinha e Aeronáutica. É impressionante ver como esse dinheiro é mal gasto. Ficam presos no porão do exercito enquanto os soltados limpam banheiros, pintam meios-fios e concertam estradas. Ainda há uma parte mais polemica; bomba atômica.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, disse à BBC Brasil que as áreas Espacial e Nuclear serão prioridades de sua pasta e que "concorda" com a idéia de que o Brasil tem de buscar o conhecimento necessário para a fabricação da bomba atômica.
Ter o conhecimento para a fabricação da bomba não é muito discutido, acredito que todos, em sã consciência, estejam de acordo; a questão será discórdia quanto à criação ou não da bomba. Geograficamente o Brasil é privilegiado para uma guerra por ter uma grande parte do seu território virado para o mar.
Uma guerra de proporções sul-americanas o nosso pais, como já é de se imaginar, tende a vencer mas, em proporções mundiais; ora, após outro conflito mundial não existira vencedor nem perdedor. Na verdade não existirá mais ninguem. Terceira Guerra mundial, vulgo Apocalipse.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Pensamento circunscrito





Desde quando nascemos nos é doutrinado a idéia de trabalho. A importância de uma vida bem sucedida, modos e métodos para chegar ao almejado. Esportes, festas e outros eventos, principalmente o trabalho, estão encarnados em nossa cultura todavia o tempo livre, ou ócio, é definitivamente relegado a um plano distante nas prioridades. “As pessoas que acabam sem um minuto livre não são necessariamente aquelas que precisam de todos os instantes para trabalhar a fim de se manter” afirma a psicóloga mestre em filosofia Mara Chiari que vem a confirmar a ânsia por trabalho das pessoas independentemente da sua respectiva renda.
Na sociedade atual o ócio esta ligado à idéia de uma atividade inútil, e praticada por pessoas irresponsáveis. “Viva para as idéias, para a filosofia (...) Na historia de Sócrates podemos encontrar muito sobre o ócio inclusive a vida dele” ( Pitagóricos ). Importante ressaltar que Sócrates não criou a filosofia apenas problematizava.
É preciso entender que ócio não é vadiagem ou preguiça e sim tentativa de reflexão, organização da mente e uma maneira de conhecer a si mesmo.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Sem chance. Quem?




É a personificação do mal, segundo funcionários da Febem sobre Roberto Aparecido Alves Cardoso; “Champinha”
Champinha costuma contar, com riqueza de detalhes as atrocidades que fez durante os quatro dias em que violentou a jovem e desfigurou seu cadáver.
Se auto-intitula integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), embora não haja provas disso, e incita rebeliões.
Qual a razão para menores de 18 anos poderem cometer crimes praticamente na impunidade? Existe uma lei sagrada? Vontade de Deus? Moral Cristã?
Os únicos com a idade 16 para cima são : Brasil, Colômbia, Peru. Paises onde ocorrem maior numero muito alto de crimes por menores. Maioridade penal, 18 para 16 anos já! Há quem defenda a “maioridade biológica” mas ate agora é cientificamente impossível verificar.
Há pessoas que defendem a pouca educação recebida pelos jovens. É só não ir para a escola que o brasileiro pobre vira bandido? NÃO. As favelas estão cheias de pessoas que não estudaram mas mesmo assim trabalha e não transgride e que não resvalam para a marginalidade. Quando isso não ocorre a justificativa de alguma pessoas é “tadinho, não teve chance”. Marginalidade e criminalidade são ocorrências estatais e estão presentes em todas as sociedades em todos os quadrantes e em todos os níveis sociais. A diferença é a forma de repressão à criminalidade. Em ambiente de dureza o criminoso se inibe e o que sobra é estatisticamente muito menos expressivo do que no Brasil, onde os assassinos do Índio Galdino acham a maior graça daquilo. Então o que eu vejo da minha janela é um pais afundado por uma ideologia cheia de expliquismo.
Na hora de um assalto não caia na besteira de dizer para o bandido mirim “Eu te entendo, você não teve chance” ... Ele vai mostrar sorrindo que quem não tem chance é a sua pessoas.
(Parte do texto compartilhada de comunidade de debate sobre o assunto)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Despotismo


Intelectual alemão, Karl Marx, no século XIX não poderia antever os absurdos que hoje fazem em seu nome e em nome da sua ideologia. Como se não bastasse um regime ditatorial, na América Latina, desde 1976 imposto por Fidel em Cuba, cresce cada vez mais o anseio de Hugo Chávez para tornar conta do pobre pais venezuelano. Maior plano político da sua carreira, o eterno poder.
Não contente com a constituição do seu pais ( feita pelo próprio ditador ), Chávez pretende reformá-la afim de formar uma “nova sociedade”. A extensão do período de mandato presidencial de seis para sete anos, a possibilidade de reeleição perpétua do presidente, um controle maior do governo federal de Caracas sobre os governos dos estados e o fim da autonomia do Banco Central da Venezuela são algumas das propostas para a meteórica mudança do pais. Chávez explana: "Se alguém diz que isso é um projeto para se perpetuar no poder, eu digo que não é. Ele abre apenas uma possibilidade, que depende de muitas variáveis."
Há alguns meses eu escrevi em uma comunidade de amigos o seguinte: “...Diariamente lê-se notícias de pessoas que tentam fugir daquele lugar(Cuba). Fidel, Chavez e Cia não me deixam dormir a noite com medo de uma “tomada da América” não conseguem vencer na economia tampouco no apoio social e vão a força mesmo, bem típico deles.” Esse medo só cresce a cada folheada de revistas, jornais, acesso a paginar na internet enfim, vários canais de informação.
Friedrich Engels, que junto com Marx fundou o chamado socialismo científico e foi co-autor de o Manifesto comunista, após a morte do não-liberal declarou "que, embora, muito embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal. ". Em todo o mundo esses tirânicos acumulam inimigos inclusive o próprio povo. Marx defendia justamente o não individualismo coisa que certamente não esta a ocorrer nos países “comunistas” de hoje. Como diria o saudoso ex-presidente dos EUA “A diferença entre um comunista e um anticomunista é que o primeiro lê Marx, e o segundo entende Marx.”

terça-feira, 21 de agosto de 2007

"Eu", robô




A curiosidade do homem sempre foi a energia de ativação para tudo o que conhecemos hoje. Vida talvez seja o objeto de estudo e pesquisa dos seres humanos, de preferência, em benefício da própria. Há algum tempo se debate a hipótese de tentativa de clonagem animal, onde não existe muita discórdia, o problema é meramente científico ( ressaltando que para obter êxito no processo de clonagem vários embriões, células e fetos serão sacrificados ) . Diferente da clonagem animal, a humana se intrica por várias discussões jurídicas, políticas, culturais, religiosas, éticas entre outras. Uma questão totalmente antropológica. O problema se agrava quando se fala em criar clones humanos para serem cobaias. Esta idéia, defendida por empresas de reprodução assistida como Advanced Cell Technology e a Clonaid, tem como fundamentação a idéia de que várias vidas poderão ser salvas graças a certeza de que o corpo do enfermo não desprezará um órgão já que o DNA é o mesmo. Outro benefício seria a busca por uma vida eterna com a preservação do seu genoma ( em forma de clone ).
As contra-argumentações são feitas através da ética. Direitos humanos; direito à vida, junto com o fato da ignorância sobre o comportamento das cópias ( já que ambos terão a mesma impressão digital ficara complicado julgar prováveis crimes ) torna o debate interminável.
A clonagem humana é inevitável. Há uma gana sobre o novo. Esses robôs, cobaias ( ou não ), nascerão e ficarão na historia como uma experiência bem ou mal sucedida. Daqui a algumas décadas saberemos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Do milho à pipoca


Uma ciência social fantástica, talvez a mais interresante e que gera mais discórdia e discussões, a Economia a tempos me fascina. A Economia, como ciência social, teve seu exórdio pela rede Liberal feita pelos Fisiocratas(Fisio = Natureza; Cratas = Governo) ainda na idade média( Importante ressaltar que esse modelo foi criado para acabar com o Absolutismo dos senhores feudais). Estes pensadores franceses defendiam a idéia de que o principal modo de crescimento econômico provinha da produção agrícola e que Deus sempre sustentaria tal progresso. Independência, liberdade e individualismo também eram raízes do pensamento dos Fisiocratas. Pouco tempo depois Adam Smith escreve "A Riqueza das Nações" explanando suas idéias, que são muito parecidas com a dos crentes do governo da natureza, diferindo apenas na parte do modo de produção. A economia sempre estaria segura, pois Smith acreditava que uma "mão invisível" controlaria todos os déficits comerciais. Não mais seria produção agricola mas a "mão-de-obra" como energia motora . Modo de produção essa que durou ate o século XX quando houve o "crack" 1929. Surge Marx(não-liberal) e dele nasce a "mais-valia". Mais-Valia é o nome dado por Marx à diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Apesar de o não-liberal ser contra o capitalismo, individualismo defende a "mão-de-obra"(trabalho coletivo) bem remunerada. Escreveu "Manifesto Comunista" onde fala que o trabalhador deveria ter como salário(não necessariamente com moeda) um mínimo de subsistência fisiológica(Casa, comida, roupa etc). Caso, em função de uma escassez de mão-de-obra, o salário subisse além do nível natural, os operários se reproduziriam de tal forma que a oferta excessiva de trabalho deprimiria de novo os salários ao mesmo nível natural.
Capitalismo Industrial, Inglaterra; grande avanço econômico no mundo. Segue, Keynesianismo. Depois da quebra da bolsa de NY o Economista Keynes foi responsável por mudanças significativas no andamento comercial do mundo. A teoria clássica de Smith sede espaço para a nova. Defende o individualismo mas ao mesmo tempo a intervenção estatal. Ainda há outra corrente, o "Neo-Liberalismo". Privatização e não intervenção estatal são a base desse novo modelo. Milton Friedman é dos grandes nomes do modelo.
Percebe-se que para esse processo de evolução houve acréscimo de idéias ainda que entre visões distintas. Diferente do que ocorre hoje, onde a aversão toma império. De um lado os direitistas(liberais) e do outro esquerdistas(comunistas), que na minha modesta opinião, esta ultima, é utopia. (Este meu comentário explana a discrepância e preconceito quanto a outra visão política. É a nossa cultura, mas admitir é o primeiro passo para a mudança).
Acrescentar e não tirar. Talvez esse seja o segredo
Acreditar, acrescentar, evoluir.
(Imagem: Cartoon. Adam Smith/Karl Marx )

Prelúdio

Amante de debates, discursos e discussões, inicio essa página afim de aprender. Angariar opiniões, críticas e um bom horto amistoso de conhecimento. Há, de certo, muita coisa que tenho a mostrar. Apesar de o maior foco desse espaço ser pautado no universo econômico, político e jurídico, haverão mais temas alternativos pois como foi dito o objetivo é aprender e "quem aprende não se limita". Aprender que por sinal é uma das maiores dificuldades do homem, hoje em dia. Orgulho, falta de humildade e arrogância estão formando uma barreira para o aprendizado.
Prelúdio: Aprender a aprender